Análise do Ambiente Interno – Uma Visão Geral

24 de janeiro de 2018 - Planejamento Estratégico

A Análise Ambiental Interna é uma atividade prévia ao Diagnóstico Estratégico e refere-se às características, processos, produtos, recursos, tecnologia e desempenho histórico da empresa ao longo da sua existência, ou pelo menos nos últimos anos, além de outros subsídios relevantes para serem utilizados na etapa que trata do Diagnóstico Estratégico.

Esta análise é feita, basicamente, a partir de uma pesquisa documental (relatórios de gestão, demonstrativos contábeis, atas de reuniões, etc.), informações disponíveis em aplicativos de gestão utilizados pela empresa e depoimentos de Conselheiros, Diretores, Gerentes e outros stakeholders.

Entre os assuntos a serem analisados nesta etapa cabe destacar, como principais, os seguintes:

Gestão Estratégica e Governança

Origem e Evolução da Empresa; Objeto Social; Estatuto; Contrato Social; Natureza Jurídica; Regime Tributário; Composição Acionária; Estrutura Organizacional; Stakeholders; Plano Estratégico; etc.

Gestão de Operações

Produtos e Serviços; Processo Produtivo; Tecnologia; Capacidade de Produção; Custos de Produção; Automação; Gestão de Processos; Propriedade Industrial; Certificações; etc.

Gestão Comercial

Prospecção e Segmentação de Clientes; Preços Praticados; Volume de Vendas; Formas de Pagamento; Mercado Atendido; Principais Clientes; Satisfação dos Clientes; Proposta de Valor; Canais de Distribuição; Esforços de Marketing; Políticas de Desconto; Garantias Oferecidas; Suporte Técnico; Sistema de Atendimento ao Consumidor; etc.

Gestão de Recursos Humanos

Evolução e Perfil da Força de Trabalho; Estrutura Ocupacional e Salarial; Critérios de Promoção; Taxa de Turnover; Taxa de Absenteísmo; Segurança do Trabalho; Treinamento e Desenvolvimento; Clima Organizacional; Custo de Pessoal; Remuneração Variável; Participação nos Lucros e Resultados; Contencioso Trabalhista; etc.

Gestão Financeira

Balanço Patrimonial; Demonstrativo de Resultados do Exercício; Fluxo de Caixa; Índice de Liquidez; Índice de Endividamento; Lucratividade; Rentabilidade; Capital de Giro; Ponto de Equilíbrio; Prazo Médio de Pagamento; Prazo Médio de Recebimento; etc;

Gestão de Tecnologia da Informação

Dimensionamento de Equipamentos de Informática; Principais Aplicativos Utilizados; Demanda Reprimida de Equipamentos e Serviços de Informática; etc.

Logística e Suprimentos

Cadastro de Fornecedores; Principais Fornecedores; Controle de Estoques; Giro de Estoques; Instalações Físicas; Localização; Layout; Frota de Veículos; etc.

Outras Informações

Legislação Específica; Filiações; Premiações e Reconhecimentos; Serviços Gerais; Serviços Terceirizados; etc.

Nos próximos posts abordaremos com mais detalhes cada um destes grupos de informações úteis para realizar uma análise adequada do ambiente interno da organização.

Como você deve ter observado , realizar uma boa análise ambiental interna não é, nem de longe, uma tarefa fácil. Pelo contrário, trata-se de uma tarefa bastante árdua que, dependendo do tamanho da empresa, leva um tempo significativo e envolve diversas pessoas da organização.

No entanto, esta dificuldade inicial é diretamente proporcional à qualidade do processo de planejamento estratégico e, quanto mais completa e precisa for a análise ambiental interna, mais clara se tornará a identificação dos pontos fracos e fortes da organização e mais objetiva e assertiva será a definição de estratégias e o estabelecimento de objetivos que permitirão que ela cumpra sua Missão e caminhe, a passos longos, rumo à sua Visão.

Neste sentido, a análise ambiental interna pode ser comparada com o diagnóstico feito pelo médico quando consultado por um paciente. Quanto mais completo e preciso for este diagnóstico, mais fácil e assertivo será o tratamento prescrito.

Muitas empresas cometem o grave erro de subestimar esta etapa do processo de planejamento estratégico, o que resulta em planos de baixa qualidade, ineficientes e que rapidamente caem no descrédito, não apenas do Plano Estratégico, mas do próprio processo de planejamento, o que certamente constitui um fato extremamente lamentável.

É importante lembrar sempre que a qualidade do produto final do processo de planejamento estratégico – o Plano Estratégico – é decorrente da qualidade com que foram desenvolvidas todas as etapas do processo. Daí a importância de não negligenciar nenhuma delas.

Cabe aqui lembrar uma célebre frase de Sun Tzu, general, estrategista e filósofo chinês.

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.

Efetuar a análise ambiental interna significa conhecer sua empresa por dentro, o que equivale a conhecer-se a si mesmo.

Sobre o Autor:

Ricardo G. R. Lezana é Engenheiro, Licenciado em Ciências Econômicas e Auditor, formado pela Universidad de Chile, e possui o grau acadêmico de Mestre em Engenharia de Produção, outorgado pela Universidade Federal de Santa Catarina.

É especialista em Planejamento Estratégico,  conforme atesta o selo de  reconhecimento concedido pela Scopi, empresa proprietária de uma das principais plataformas de planejamento estratégico disponíveis no mercado brasileiro, a empresas e profissionais que acreditam e trabalham para fazer o planejamento estratégico crescer no Brasil.

Atualmente é o Sócio-Gerente e Consultor Sênior da Perspectiva Consultores Associados e possui larga experiência como professor, consultor e palestrante.

Sobre a Perspectiva Consultores Associados:

Se você se interessa por conhecer mais informações sobre a empresa responsável pelo Programa de Planejamento Estratégico, clique aqui.

Desejamos que a leitura deste documento tenha sido útil e esperamos encontrá-lo, de forma presencial ou virtual, como participante do Programa de Capacitação ou de Consultoria em Planejamento Estratégico.

 

 

Deixe seu comentário