Apesar dos inquestionáveis benefícios que o Planejamento Estratégico gera para as empresas e instituições que o praticam, ainda existe um número significativo de fracassos na implantação e utilização desta ferramenta de vital importância para a sobrevivência e o crescimento das organizações.

Em função disto, cabe se perguntar, por que isto acontece?

Uma pesquisa realizada pela Symnetics, com 100 empresas brasileiras, mostrou que apenas 10% das estratégias são implementadas com sucesso. As principais razões encontradas nas falhas da implementação de 90% das estratégias não estavam na formulação em si, mais sim no que pode ser denominado de quatro barreiras. São elas:

• Barreira da Visão: Somente 5% do nível operacional compreende a estratégia.
• Barreira das Pessoas: Somente 25% do nível gerencial possui incentivos vinculados ao alcance das estratégias.
• Barreira de Recursos: 60% das empresas não vinculam recursos financeiros às estratégias.
• Barreira da Gestão: 85% dos gestores gastam menos de 1 hora por mês discutindo questões estratégicas.

Além dos fatores apontados pela pesquisa da Symnetics, é preciso destacar uma quinta barreira, tão importante quanto as quatro mencionadas na pesquisa.

Trata-se da Barreira Tecnológica, que consiste na falta de um aplicativo de tecnologia de informação que ofereça o suporte necessário e indispensável para facilitar, agilizar e automatizar, todas as etapas e atividades do processo de planejamento estratégico.

Em 2012 um artigo publicado na Revista Forbes identificou as dez razões pelas quais os planos estratégicos falham. São elas:

• Ter um plano apenas por modismo;
• Desconhecer o ambiente e não ter foco em resultados;
• Baixo índice de comprometimento;
• Não envolver as pessoas certas na execução do plano;
• Elaborar o plano e colocá-lo na gaveta;
• Falta de vontade ou dificuldade em mudar;
• Não ter as pessoas certas nas posições de liderança;
• Ignorar a realidade do mercado, dos fatos e das conjecturas;
• Falta de prestação de contas ou continuidade;
• Objetivos irreais, ausência de foco e de recursos.

A estas razões identificadas na Revista Forbes, poderiam ser agregadas outras, tais como:

• Procrastinação;
• Deficiências na gestão do tempo;
• Baixa Resiliência;
• Hábitos organizacionais nocivos.

É importante observar, no entanto, que nenhuma das causas apontadas para explicar as falhas dos processos de implantação e utilização do Planejamento Estratégico está relacionada com a ferramenta em si, mas com a ausência dos requisitos necessários para que ela funcione adequadamente.

Conhecendo as causas que explicam os fracassos na implantação e utilização do Planejamento Estratégico, se torna mais fácil identificar os Fatores Críticos de Sucesso capazes de anular ou atenuar essas causas de fracasso. Porém, isto será objeto de outro post.